Foram hoje, 4 de Junho de 2025, na província do Namibe, lançadas as primeiras pedras de importantes infraestruturas no âmbito do Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola (PCESSA).
Para testemunhar os actos de lançamento das primeiras pedras da Barragem do Bero e da Recuperação e Desassoreamento de 43 Represas de Retenção esteve hoje, no Namibe, uma delegação do Ministério da Energia e Águas, chefiada pelo seu titular, João Baptista Borges, que se fez acompanhar pelo Secretário de Estado para as Águas, António Belsa da Costa e outros responsáveis do Ministério.
Ladeado pelo governador da província do Namibe, Archer Mangueira, foi lançada, no período da manhã, a primeira pedra da Barragem do Bero. Esta obra que será bastante impactante para a vida dos habitantes do Namibe e para a economia local, tem uma previsão de execução de 36 meses, gerando cerca de 5.500 empregos directos, maioritariamente para jovens. Esta imponente infraestrutura irá acumular cerca de 55 milhões de metros cúbicos de água por ano, irrigando 1.817 hectares para a agricultura, com abastecimento confiável para a cidade de Moçâmedes.
Dando seguimento ao programa e já no município da Bibala, foi igualmente lançada a primeira pedra para a Recuperação e Desassoreamento de 43 Represas de Retenção.
Este estratégico projecto, dividido em três lotes, tem como principal objectivo melhorar a gestão dos recursos hídricos, trazendo benefícios significativos às comunidades atendidas. Em termos práticos, visa garantir a retenção de água para consumo doméstico e pecuário durante todo o ano e assegurar reservas de água em períodos de seca com sistemas de armazenamento eficientes e garantir a sustentabilidade hídrica, apoiando também a agricultura e água potável de qualidade para o consumo humano e animal. Esta obra terá uma duração prevista de um ano, gerando cerca de 250 postos de trabalho directos.
Estas importantes infraestruturas inserem-se nos esforços do Executivo angolano para colmatar a escassez de água no sul de Angola, derivada principalmente da seca cíclica que assola essa região do país, com consequências devastadoras. O objectivo principal é o de dar maior dignidade aos habitantes desta região e impulsionar, de igual modo, a economia local.