O Estadista Norte Americano Joe Biden, realça o papel de Angola ao nível de acções de facilitação para adaptação às alterações climáticas, engrossando por isso a lista de Países beneficiários do projecto de facilitação para adaptação às alterações climáticas, baseada na transparência, parceria, proteção aos trabalhadores e ao Ambiente.
Um dos muitos projectos já em andamento e com resultados satisfatórios é a parceria entre empresas americanas e o Governo de Angola, consubstanciado num investimento de US$ 2 bilhões para a construção de novos projectos solares em Angola, enfatizou o Presidente Biden, na sua intervenção na Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas (COP27), que decorre no Centro Internacional de Convenções Tonino Lamborghini Sharm el-Sheikh, na República Árabe do Egipto.
Esta referência do Presidente Biden alude ao acordo assinado, em Washington, no passado mês de Setembro, entre o Ministério da Energia e Águas e a SUN África, empresa norte-americana que actua no sector das energias renováveis, assinaturas testemunhadas por Sua Excelência João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República de Angola.
Na sua intervenção, testemunhada por parte da delegação angolana à Conferência, designadamente, o Embaixador acreditado na República Árabe do Egipto, Nelson Manuel Cosme, e a Secretária de Estado para o Ambiente, Paula Francisco Coelho, o Presidente Joe Biden pediu, por outro lado, para que todos os países reduzam as emissões de gases com efeito de estufa, assegurando que o seu país, está a fazer a sua parte na luta para limitar o aquecimento global.
Realçou igualmente a necessidade de todos os países fazerem mais, renovar e elevar as respectivas ambições climáticas.
Outrossim, anunciou, perante uma audiência de mais de mil personalidades, incluindo chefes de Estado, entre os quais, ES Abdel Fattah El-Sisi, Presidente da República Árabe do Egipto, e de Governos participantes à COP27, a decorrer até ao dia 18 de Novembro, que os EUA está a disponibilizar US$ 150 milhões em iniciativas que apoiam especificamente os esforços de adaptação climática em toda África, incluindo o exercício de adaptação que o Egipto e os Estados Unidos lançaram juntos em Junho.
Falou das Nações africanas consideradas mais vulneráveis, insegurança alimentar e fome, após quatro anos de seca intensa no Corno de África, as enchentes do rio Níger, África Ocidental, devido as chuvas intensas, que causaram enormes danos nas comunidades pesqueiras e agrícolas.
Sobre a Nigéria, aludiu as inundações que causaram a morte recentemente de 600 pessoas e provocaram mais de 1,3 milhão de deslocados.
Em suma, resumiu a crise climática como elemento que ameaça a segurança humana, segurança económica, segurança ambiental, segurança nacional dos países e a própria vida do planeta.
Perante este quadro, compartilhou indicações de como os Estados Unidos vão enfrentando a crise climática com urgência e determinação para garantir um planeta mais limpo, seguro e saudável para todos.
As suas acções, segundo afirmou, ajudarão a tornar a transição para um futuro de baixo carbono mais acessível para todos, acelerar a descarbonização além das suas fronteiras.
Admitiu que o mundo enfrenta um desafio desgastante, especialmente devido a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que está a acelerar e expandir a escassez de alimentos e os aumentos nos custos de energia, aumentando a volatilidade nesses mercados de energia, elevando a inflação global.
Nesse cenário, considera, "é mais urgente do que nunca dobrar nossos compromissos climáticos". "A guerra da Rússia só aumenta a urgência da necessidade de fazer a transição do mundo para fora de sua dependência de combustíveis fósseis", afirmou Joe Biden.
A ciência é devastadoramente clara. Temos que fazer progressos vitais até o final desta década sendo por isso que os Estados Unidos estão reunindo o mundo em torno de mudanças climáticas, enfatizou o Presidente dos EUA que na ocasião, anunciou, juntamente com a União Europeia e a Alemanha, um pacote de US$ 500 milhões para financiar e facilitar a transição do Egipto, para energia limpa, um pacote que permitirá ao Egipto implantar 10 gigawatts de energia renovável até 2030, ao mesmo tempo em que desliga 5 gigawatts de instalações ineficientes movidas a gás, reduzindo as emissões no Egipto e no sector de energia em 10%.
De salientar que a República Árabe do Egipto assumirá a Presidência pro- tempore da COP-27 durante um ano, passando depois para os Emirados Árabes Unidos, onde terá lugar a COP-28.
Por conseguinte, seria importante para nós reforçar a cooperação multissectorial com este país e fazer o acompanhamento da implementação das decisões produzidas pela COP-27.
GABINETE DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL E IMPRENSA DO MINISTÉRIO DA ENERGIA E ÁGUAS, em Luanda, 15 de Novembro de 2022